{"id":4828,"date":"2006-10-05T17:49:21","date_gmt":"2006-10-05T15:49:21","guid":{"rendered":"http:\/\/www.mediateletipos.net\/archives\/4828"},"modified":"2008-07-28T18:32:45","modified_gmt":"2008-07-28T16:32:45","slug":"eme","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/www.mediateletipos.net\/archives\/4828","title":{"rendered":"EME"},"content":{"rendered":"

Ser\u00e1 poss\u00edvel determinar o ponto de fronteira que delimita a m\u00fasica composta da m\u00fasica improvisada? Ou mesmo, o ponto onde cessa o dom\u00ednio da m\u00fasica e se inicia o do som? Existir\u00e1 porventura uma fronteira, em qualquer dos casos? <\/p>\n

Far\u00e1 sentido avaliar e separar a cria\u00e7\u00e3o em fun\u00e7\u00e3o dos meios utilizados? Um piano n\u00e3o poder\u00e1 ser tomado como um instrumento de elevada complexidade quando tocado por um nativo da Nova Guin\u00e9? Um computador port\u00e1til n\u00e3o representar\u00e1 a mesma propor\u00e7\u00e3o de an\u00e1lise aos olhos de um europeu m\u00e9dio?
\nA estas e outras quest\u00f5es, diferentes pessoas, dar-nos-\u00e3o diferentes respostas. E todas elas, em fun\u00e7\u00e3o do momento, do seu estado de esp\u00edrito e sobretudo da mem\u00f3ria que foram construindo ao longo dos anos (cultural em geral, e musical em particular).
\nEm valores absolutos, podemos dizer que a maior diferen\u00e7a entre um piano e um laptop est\u00e1 no peso de cada um. <\/p>\n

Mais do que respostas ou verdades absolutas, pretendem estes EME<\/a> lan\u00e7ar quest\u00f5es a partir de trabalhos de artistas com propostas musicais, sonoras e visuais bastante diversificadas. O campo de interven\u00e7\u00e3o, vai muito para al\u00e9m da m\u00fasica, abrindo-se tamb\u00e9m \u00e0s artes visuais e digitais ligadas ao v\u00eddeo e \u00e0 din\u00e2mica \u201chard disk, live processing\u201d. Por fim, uma componente de dialogo entre escolas e criadores atrav\u00e9s da rubrica Encontro com Criadores.
\nObjectivo: o alargamento de fronteiras e um sentido de procura incessante, onde as ideias de sucesso ou fracasso n\u00e3o fazem grande sentido. A ideia de descoberta sobrep\u00f5e-se a qualquer ditadura est\u00e9tica, e quanto ao discurso \u2013ou estilo- cada um tem o seu! Tal como os rostos. <\/p>\n

Estes EME, pretendem pois ser um lugar de reflex\u00e3o por oposi\u00e7\u00e3o a um lugar de certezas, questionar mais do que responder, e sobretudo estimular, na esperan\u00e7a de que uma vez criado o est\u00edmulo, surja a reac\u00e7\u00e3o. E ent\u00e3o sim, ver-se-\u00e1 fechado o ciclo e chegado o momento da renova\u00e7\u00e3o, por meio de um novo ciclo: novas formas, novos criadores, novos p\u00fablicos, p\u00fablicos renovados. <\/p>\n

V.J.<\/p>\n

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